Minimalismo megalomaníaco

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O mundo é grande demais
Pra amar só uma pessoa
Até disse pra um irmão como tava apaixonado por aquela mina
Ele olhou pra mim e declarou
“Você se apaixona por todas, não é?”
E ele tá certo mesmo,
Por isso amo todo mundo
Sem distinção e nem nada
Tenho sentimento demais dentro de mim
Para colocá-lo em uma só história
Vou distribuir este em várias
Até achar uma que caiba todo o resto

O mundo é grande demais
Pra viver em um só lugar
Amo cidades natais, de verdade
Mas eu vou renascer em cada uma em que pisar
Crescer naquelas nas quais dirigir
E morrer ao sair destas
E a cidade natal é tal como Jerusalém
Onde minha ressureição é continua e certeira
Até ir morar em outros planos que não o terrestre

O mundo é grande demais
Para pensar tanto antes de fazer
Ok se é uma decisão tão grande
E mudar sua vida pode
Mas pegar o ônibus errado
Errar na bebida e ter um porre mal amado
Amar a garota bem estranha
Estranhar o lugar onde foi parar
Parar no espelho e pensar como está sem noção de nada
Nadar no mar com um frio ferrado
Ferrar com a vida de um babaca desprezado
Prezar por quem talvez não te queira tão bem
Bem-querer a todos sem pensar quem é
Ser aquela pessoa sem pensar em quem ser

O mundo é grande demais
Pra ter a cabeça tão pequena
Ele vai rodar mil vezes
Até você deixar de ser tão quadrado
Ele é aberto e livre pra fazer um mundo de coisas
Para que pensar dentro da caixa?
O mundo é um livro em aberto
Onde escrevemos cada um um capítulo
E por mais que essa Bíblia tenha mais de 4000 anos
Quero mais que só algumas páginas
Várias histórias e reviravoltas
Um verdadeiro mito, não relato
Porque

O mundo é grande demais
Para viver em crônica
Ou ter só alguns contos
Quando pode-se ter romances
Performar vários dramas
Se deliciar em diversos poemas
E fazer de si mesmo um texto incompleto
Com começo, meio e sem final definido

O mundo é grande demais
Porque a vida é grande demais
E durante ela, ao invés de se fechar no seu pequeno mundinho
Pode-se abrir para o de todo mundo
E ter tantos universos sem saber qual escolher
Pois as opções são grandes demais.

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Uma droga mesmo

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Mesmo alcoólatra,
Não bebo já a 5 meses…
O cigarro fumei algumas vezes,
Mas agora fazem 8 semanas sem
O pó foi uma só, poderiam ter sido cem
O chá nem tentei,
Não por ser pior ou melhor
Mas porque sei
Que não tiraria a dor

Acima de todos esses vícios na minha existência
Meu maior orgulho é ter passado
Pela sua abstinência
6 meses sem ti
E já estou desintoxicado.

-R.C.

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Lembranças são antiguidades que valem a pena

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Peguei aquele álbum velho
Sentei em minha cama
Numa daquelas noites de se olhar ao espelho
Se perguntando quem agora me ama
Por que a vida assim está
Mas sem chorar, com momentos de reflexão
Aproveitando o momento com a melhor intensão

Porque, talvez, a beleza da vida
Esteja nesses bons momentos
Nos quais olhamos fotos
Lembrando da felicidade oferecida
Não em um jatinho ou cobertura
Amar e desamar
Mas sim no olhar para trás
Momentos com pessoas que não vem mais
E sorrir sem nosso passado relutar

Quem sabe a questão
Seja ver que o mundo sempre está eterno
Ou caindo aos pedaços
Devemos notar, então
Que o ser humano é subalterno
De um ciclo de choros e abraços
Tapas e amassos
E como é bonito ver como são
Os momentos de olhar a fotografia
Lembrando do amor infinito
Daquele momento
E em poucas palavras negocia
O que deveria ter sido e o que não

Na verdade, todos eram
E nenhum, pois
Se aconteceram, deviam
Se acabaram, já não mais
Se olho para a foto com saudades
É de um tempo longínquo e já impossível
Dando risadas de algo inadmissível
E na época fui incapaz
De rir como gargalhei agora
Vendo como tudo o passado explora

Peguei aquele velho álbum
Sentei na cama minha
Naqueles dias nos quais Dona Zinha
Diria que o povo lá fora ficaria bebum
Porque é difícil ver a vida com sua beleza
Mais fácil vê-la com asco e aspereza
À olhar pra tantas fotos de momentos finais
Com felicidade por estes e pelos inícios
Pelas metades e tudo mais

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Contemporaneidades- Pós modernismo

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Já não se morre de amor
Só cigarro, álcool e coca
Valoriza-se menos a overdose do que a dor
De viver sem determinada boca
Ai de mim nos tempos modernos
 
O charuto não é moda
E a todos que isso incomoda
Preserva-se o estilo, mas não a convenção
De acendê-lo para continuar a conversação
Ai de mim nos tempos modernos
 
A música sequer tem violino,
Tudo elétrico, eletrônico
Ouvi-la requer força, como num supino
Já que é tudo quase supersônico
Ai de mim nos tempos modernos
 
Saudade do mundo difícil
Tão simplificado
A nova geração é cheia de imbecil
Tudo de mal virá duplicado
Ai de mim nos tempos modernos

-R.C.

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Pura sensação

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Meu senso foi perdido
Em seu sorriso
Junto com a certeza
Você me fez a pessoa mais indecisa
Mas com uma certeza
Pois entre tantas duvidas
Você era minha certeza
Quero que seja assim
Para que no futuro
Hoje não seja somente mais
Uma lembrança triste
Triste como oportunidades perdidas
Momentos que hoje não perderia
Que só perdi por medo
Medo de não ser suficiente
Ou talvez aceitação
Que não conseguiria
Medo que o tempo me mostrou
Que meu único erro
Foi pensar
Como estou hoje
Errando continuamente
Sem poder fazer
Ou saber o que fazer
Pois você me machucou
Da forma mais profunda
Me deixando sem saída
Meus pensamentos
Estao me matando
Meus sonhos
Não me deixam dormir
Espero que um dia
Ainda possamos estar juntos
Pois enquanto você está ai
Eu estou aqui
Pensando em nosso encontro
E como direi
O que não pode ser dito
Mas sentido
P.T.

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