Branco
A minha vida é uma gritaria de acontecimentos
Mas é o teu silêncio que me ocupa
É um monte de fonemas,
Palavras sem ordens exatas
E a tua reticiencia me enlouquece
Você é a pausa numa f(r)ase incompleta.
Dias de poeta
Tanta poesia
Com a dor que já senti
No momento é cada um por si
Mas a gente se entendia
Bate as ideias forte
Dá epilepsia
Imediatamente
Seria assim eternamente
Poetas de tanto lugar
Unidos pela dor de estar
A agonia
De ser.
Com vossos poemas posso contar
Para voltar a harmonia
Nos meus dias de poeta
Quando a mente não fica quieta.
Canto preenchido
E dormiu com lápis na mão
O menino que queria ser poeta
Mas em seus cadernos,
Folhas, comunicados escolares,
Outros livros ou na própria mesa
Desejava passar a escrever poesia
Ao invés da lírica realidade vivida.
Dormiu com lápis na mão
Na esperança de nos sonhos ser enfim um poeta,
E não mais só menino.