Impotência do amar

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Como é difícil
Se afastar
Do que já foi meu tudo

Por que?
Porque é necessário
Posso sofrer
Mas ela não
Ela não merece
Saber o que é
Querer mas não poder

Ela merece ser livre
Mesmo sabendo de minha necessidade
Não quero atrapalhá-la
Seu caminho é tão belo
Não precisa de outro obstaculo

Mas meu amor por ela é tão grande
Não quero deixá-la
Meu amor por ela
Faz o infinito ficar pequeno
Faz o tempo ser desprezível
Faz o espaço ser algo insignificante

Tolos são aqueles
Que dizem
Quem ao se afastar
Nada sentirão
Errados eles estão
Pois não importa
Se amou
Abriu uma ferida
Que nenhuma cicatriz curará
Um espaço
Nunca será coberto
Uma falta
Que não será satisfeita

P.T.

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Personagem arbitrário

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O que vai acontecer quando decisões deixarem de ser para o futuro e forem imediatas?
O que vai acontecer quando não existir mais tempo para pensar, somente agir?
Será que estou pronto para isso? Será que quero estar pronto?
O mundo não vai deixar eu ficar assim para sempre. Em algum momento eu vou ter que protagonizar minha vida.
Hoje, o destino bate na minha porta, pedindo gentilmente para ser levado em conta. Ser planejado. Ele aceita ser usado.
Algum dia, ele irá arrebentá-­la, demandando que eu tome conta dele. Vai exigir, lutar, guerrear. Até que, em um segundo, vou deixar ele ficar. Vou aceitá­-lo como meu.
E então, vou sair pela minha porta, e quando voltar, ele vai ter sumido.
Viverei e viverei, e, com meus amigos, olharei pela janela. O destino passará por lá. Devo chamá-­lo para entrar novamente?

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