Poesia em geral, de todos os tipos, para todos os gostos

Desenhos- As Crônicas de um Fotógrafo

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Coração tão difícil
A gente não entende muito bem…
Se até no desenho tem a dúvida
A resposta pode estar com quem?
Pra vocês é igual
Sentimento ou chama
Passa um monte, e no geral
É o 5º amor da sua vida nessa semana
Para que esse desespero
É medo de ficar só?
Deve estar já costumeiro
Enjoar quando começa a pegar pó
Sentimentos não entendo
Nem os meus ou de qualquer
Deixo o mundo continuar assim
Amo e desamo como der

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Nosso boteco

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Mais um gole
Por favor
Dá sua prole
A este senhor
Não me enrole
Deixe eu me expor
 
Essa paixão, já muito antiga
É de todas a mais querida
De todas as amadas
Só esta a verdadeira
 
Neste balcão lhe imploro
Por uma chance mais
Sentimentos já não ignoro
Poderão ser meu capataz
 
Tua resposta é o mais importante
Tira-me dessa prisão
E, daqui, não há nada mais irritante
 
Fico imóvel, incapaz
Neste velho amor que tenho
Serve-me tal como alcatraz
 
Não se isole
Com esta dor
Meu peito está mole
Vermelha cor
Não se desole
Se eu me for
 
Parece que as coisas
Não são fáceis como antigamente
Me enganas e tudo tiras
Quero ficar inconsiente
 

-R.C.

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Humanize

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Quem é o capitalista inimigo
Supostamente fétido
Devidamente temido
E por vocês sofre perigo?

Lhes respondo de prontidão
E me perdoem pela decepção
Mas ele é uma fantasia
E vocês perseguem uma ilusão.
 
O empresário malvado
Chefe mal-humorado
É gente como a gente
 
Tem medo de morrer
Deseja também prazer
Teve a vida para aprender
 
Vocês gritam morte
Para outros terem vida
O objetivo é igualdade
Isso ninguém invalida
 
Mas a vida dele é de verdade
Não sua teoria da improbidade
O filho do cara chora igual
Não o desumanize por total
 
Quer quebrar banco? Não acendo teu pavio
Mas o segurança é pessoa
Não entro nesse navio
 
Podem dizer talvez
Que sou humanitário demais
Mas pra mim, gente não tem vez
Nossa raça nunca vai ter paz
 
Piores do que os lobos
(Estes vivem em alcatéia)
Fazemos os outros de bobos
Que merda de idéia!
Só estou notando sua incoerência
E nunca vai adiantar
Você vai continuar na indecência
E eu a todos criticar.

-R.C.

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Antecipação

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Meu amigo
Deixo toda minha história pousada em teu colo
Pois vou abandoná-la durante um tempo
E preciso que dela você cuide pra mim
Preciso que minha memória seja guardada
E por alguém que conheça-a
E aceite-a

Deixo minha poesia escrita em teus pulsos
Pois sei que não irás apagá-la dali
E que levarás teus braços ao peito quando sentires minha falta
E nesse momento (e só nesse)
Sentirei a saudade sentida por ti junto à minha
E chorarei só
Escrevendo em ti mais um poema

Largo nas tuas mãos minhas lágrimas
Pois confio em ti para limpá-las do meu rosto
E quando isso acontecer
O silêncio de minha boca será compensado pelo desespero
Vindo dos olhos e nariz
E tuas mãos leves irão erguer-me novamente para continuar

Ajoelho-me aos teus pés em agradecimento
Por toda a vida que pode ser contigo
E fizemos ser
Por toda a expectativa cumprida
E pela frustrada
Pois esta frustração gerou expectativa
E nossas aventuras continuaram intactas

Olho nos teus olhos em tom de alegria
Acolhendo minha morte temporária
Largando minha vida
Para viver outra, nova
Mas olhando a tua
Pois esta é a que importa
É esta a que continuará comigo
Pois é esta a que desejo estar presente
E nunca matar

Espero então
Que, por favor
Amizade seja imortal

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Paganismo da noite

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A insônia criativa
É o pesadelo de qualquer poeta
Pois tira sua energia completa
E escrevemos de maneira vingativa
Pelo sofrimento dessas madrugadas
Mal-dormidas, mal-vividas
Nem sonhadas ou descansadas
Simplesmente trocadas de meus olhos
Por marcas fundas de guerra interior
E esta vitória não deixa orgulhos
Mas na cabeça deixa dor
Nas ligações arrependimentos
Nas mensagens verdade inapagável
Na mente alívio pros sentimentos
No papel pensamento do não-alcançável
Preciso dormir, ó Morpheu
Quero deixar Apólo de lado
Esquecer a arte que este deus me deu
E cair em seus braços sem medo


-R.C.

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O primeiro poema

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Para ti foi o meu primeiro poema
Assim também está o último
O triste fim não será problema
Música lenta que me leva ao abismo

Com doces palavras te elogiei
Tal como açúcar puro e cristalino
Suadas mãos segurei
Ao som do afinado violino

Carícias íntimas e intimistas
Enlace de duas almas errantes
Seriam penas quase ilícitas
Mas ideias não eram como antes

Ilusão profunda
Ou realidade dolorosa
Seria essa uma dúvida oriunda
De uma realidade mentirosa?

Comigo não dialoga, fala
Só grita, escarra
Até orei a Alá
Mas a mim tu agarra

Tento fugir, mas é impossível
A ti amo demais
Viver só é inconcebível

Por que isso acontece?
Você me fez muito mal
Parece que entender de verdade
Só irei ao final

Meu final feliz é horrível
Digno de depressão
Mas essa comparação é cabível
Pela altura e pelo coração
Sem você não há combustível
Contigo entro em combustão
A vida não me é disponível
A morte um belo alçapão
 

-R.C.

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Cedo demais

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Explosões são feitas, sem alarde
Seu ano novo chegou mais cedo!
Mas se quiser, posso voltar mais tarde
 
Tudo mudou?
Claro que não
O mundo girou
E na Santo Amaro, Paulista ou Consolação  
Comemoro um ano falso
E esse recado realço
 
Explosões acabam, nada mais arde
Seu ano novo acabou tão cedo…
Você não quer que eu volte mais tarde
 
Então tudo continua
Mas a festa para
Não me deixa ficar
Ainda dá na minha cara?
E em frente à moradia sua, sigo a gritar

 
Explosões voltarão, ou cedo ou tarde
Seu ano novo não voltará!
Não preciso dessa realidade
 
Não esperou essa reação
Tenta recuperar tudo na oração
Deus só ouve a arrependidos
E assim está seu coração
Como estão seus sentimentos?
Cansados, fodidos?
Tua sorte é que os meus não estão demasiado ressentidos
 
Explosões aconteceram, de impedir deixaste?
Quer que o ano novo chegue novamente
Venha atrás de mim para tal desgaste.

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Temátematica

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A inquietude de minha cabeça
Me obriga a redigir
Mas para que um bom poema cresça
Uma boa idéia deve surgir
Não consigo mais escrever algo bom
Que ao ouvir acerte o tom
As rimas não necessárias
Fazem a minha escrita quase impossível
Mas todos os poemas tiveram cesáreas
Com um fim indiscritível
Confuso como aquela nuvem
Rápida, decidida e trovosa
Tento, e toda hora vem
Uma ideia fervorosa
Mas escapar ela sempre tenta
Textos perdidos mais de cinquenta
Inspiração não acho problema
Para isso basta música, amores e caminhada
O grande xis é meu tema
Para este não acho nada
A calmaria de minha mão
Me obriga a pensar mais
Mas o bom poema sai não
O barco continha no cais
Ele navega no mar do meu universo
E nem consigo tirar dali um verso

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Provocações

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Por que não podemos ter o mar e a lua?

Na madrugada tu não se incomoda,

Sobre isso não insinua?

Ver que o lindo reflexo

É inatingível como a forma sua?

Ter ambas partes é impossível

Seria um grande risco factível

Para um suicídio plausível


Qual o motivo de ter escuro e claro?

Entendo a presença de luz

Mas cientificismo como este só merece escarro

Desmerece atenção

Não questiona também

Se a explicação somente seduz

E na verdade tudo é bizarro?

Liberta-te dessa religião

Aprisionadora por profissão

Predadora da liberdade que lhe darão


“Dê a um homem asas para voar

E, do sol, ele chegará próximo demais”

É frase dita sem questões reais

Qual o problema de se queimar?

Deixe ele tocar o horizonte

Trará visões lindas à todos

O fará de muitos modos

Mas nenhum pela sorte

De jogar dados


Sejamos realistas

Reclamemos o impossivel!

Lutemos sem vitórias previstas

Gritemos para mostrar uma melhoria visível

Pois sonhar alto é como desejar as coisas antes vistas

Seremos Ícaros e queimaremos nossas asas e o mundo

Esclareceremos a sociedade até o despresível tornar-se imundo

Sejamos todos Ismálias e suicidemos um modo de vida, da desigualdade oriundo

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