Welcome back!

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It's been a minute. I, myself, had no clue of how much I missed the blog until, mid 2024, I started to think about renewing the Domain, if it was worth it, if the Arts had perished, etc.

It hasn't. And it certainly is worth it.

For those reasons, I'd like to share a few news about the blog.

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Adapting Last things Last to the Yellow King RPG

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In 2021, in the prime of my consumerism in terms of RPGs, I bought many games; some were immediately put to action, others calmly waited until I had any the right group to play. You can imagine then how happy I was to play this month I played the Yellow King RPG, by Robin D. Laws.

The game is focused on investigation, and themed around Reality Horror. It comes with 4 books, each with a different scenario, using the same rules, and it even incentivizes a campaign that sprawls though all these alternate realities. It's crazy!

The game's proposal won completely won me, and I decided then I'd only play a campaign if I could do this overarching story, which led to the long wait to play. Eventually, I had the obvious realization that it's much easier to convince a group to play the giant campaign if they tried something simple before. I decided then to do an introductory session as a one-shot, to display the themes of the game, and as such attempt to convince them to continue the story.

In parallel, in my adventures in Reddit and others, searching for more and more to read on and play, I ran into Delta Green. I must say it took too long, considering my first RPG was Call of Cthulu, its cousin. The intro adventure for this game is Last Things Last, and it is exceptional. It has everything I could want: a simple structure for investigation, but with space for expansion, interesting narrative hooks, and a moral dillema that concludes the scenario in a bizarre way.

Instead of creating my own one-shot for the Yellow King from scratch, I decided to adapt Last Things Last; here's my experience!

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Sobre Aventuras Prontas

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Desde cedo na minha carreira como Mestre, eu busco incorporar módulos nos meus jogos. Apesar de gostar muito de improvisar, e escrever histórias e mundos, existe um tipo de satisfação específico nesse tipo de jogo.

O Justin Alexander, no post How to Prep a Module, compara utilizar módulos com companhias de teatro produzindo clássicos como Hamlet. Através da colaboração entre os atores e a obra, o processo criativo fica focado em representar aquilo duma nova forma; no RPG, usar módulos prontos te permite improvisar de forma mais guiada, colaborando com o autor da aventura.

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Luz não altera a claridez

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Persegui desejos tolos de parede a parede
A cada toque certo que os teria pego
A ausência da fonte me fez esquecer a sede
Demorei demais pra ver que sou cego
e menos luz ou mais não altera claridez
Quão cedo deixar de tentar, mais rápida será minha vez.

Não há resposta sensorial pr’um enigma metafísico
O problema primordial da solidão, paradoxo do útero
À cova, e quão mais próximo fico
Tanto faz o primeiro ou o último
Meus amores todos se foram por sequela
Intrínseca, só os observo pela janela

Tão novo, dizem eles, pra carregar tanta mágoa
A noite reserva delícias e ficas a sentir flagelos
Mas onde dizem ter flores, vejo segurar espadas
E se todos iguais forem, são igualmente fracos elos
Dispenso a ilusão dum presente
Quando o espinho nunca fura diferente.

Demorei demais pra ver que sou cego
Cobri o espelho pois não me vejo
Aposentei por hora meu ego
Pra distinguir o que é e o que desejo

Defenestro-me neste rio de areia

-R.C.

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O amor me tem por completo

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Como eu poderia exigir afeto
Ele há de ser dado como promessa
Eu me dei a ti, não esqueça
Se não me queres, fico quieto
Mas aqui, ao seu lado
Afinal, a felicidade que sentes é sua
Não tenho direito de dizer que acaba

O amor não pune,
Ficarei como sentires feliz
O amor tem seu perfume
E por isso que ficar eu quis
Pois se te fiz feliz, e faço
Neste momento, deve ser hora de encarar
Que não tem espaço do mundo que faça parar
Ou tempo longíquo pra esquecer

O amor segue intacto
Como uma pintura estática no tempo
O amor sempre tem impacto
Talvez não do meu jeito

O amor deve ter gosto das cerejas
Que deixei de ver por estar em casa
Este amor jamais relampeja
Não importa quanta chuva tenha na janela.

L.Giannoni

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Coisa de gente grande

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Eu sou fraco
Acordo atrasado e fico deitado sem poder
E se nada me força a levantar
Sabe-se lá quantas horas vou perder

Se sou agora, serei amanhã
Um desejo aflora de um menino que sonha
Quantas noites que sonho em sonhar,
Pra me assustar com a realidae
Que me pus a imaginar?

Desejos e sonhos, impulsos e planos
Ser fiel a todos é ledo engano
Uma moça sábia me disse um dia
Pra perseguir os sonhos, pois via
O como nos traem os planos
Como sou fraco, no calor de um ato
Tracei uma linha em tinta de caneta
Pra evitar que as borrachas da vida
Ou a conveniência de formas óbvias
No meu caminho depois se intrometa.

Desconfio que o desenho possa mudar no futuro
Então me enjaulei com meu sonho mais puro
Assim o tédio não pode me aprisionar
Assim por mais que seja duro
Não vai me faltar o que amar.

-R.C.

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Atenas é dos Homens

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Quando o assunto entre amigo
Do mundo meu, impossível
Busco dele o inteligível
Mentiras, não platonismos
Sempre me são exaltados
Certezas só do outro lado
Da caverna sobe o abismo
Entre a incerteza sensível
E a elevação incrível.

Rodrigo Afonsus

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A ousadia é uma amiga íntima da felicidade

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Nunca é tarde pra tomar decisões.

Quando era mais novo, pensava mais imediatamente que hoje, ainda novo. Porém, agora, talvez num relapso de lucidez que vai me deixar tão rápido quanto demorou pra chegar, vejo que não há tempo melhor pra voltar atrás do que agora.

Não sou arrogante de afirmar que não há arrependimento que requer aceitação plena e um tanto de angústia, mas tenho certeza que estas são minoria, pequenas atitudes dentro dum oceano de possibilidades. Num dia só já são tantas… do despertar ao piscar de olhos anterior ao sono somos cercados inteiramente por escolhas, e amiúde tomamos as coisas como dada.

Por exemplo, um homem pontual sai de casa, e ao chegar no ponto de ônibus nota que esqueceu o guarda-chuva; o dia está nublado, as nuvens cinza-escuras e o cheiro de terra molhada conta uma história por si só. Neste momento, ele só pega o ônibus e volta molhado para casa ao final do dia. Ele aceita, logo ao início do dia, que ser pontual é natureza dada, e portanto o guarda-chuva esquecido é incompatível e não merece consideração. Ele não vê que tem a opção de chegar 10 minutos atrasado no trabalho para ao final do dia não se molhar. Decidiu sair de casa pontualmente, decidiu entrar no ônibus, e ao final do dia se arrependeu de não pegar o guarda-chuva.

O leitor atento dirá que ao final do dia era tarde para pegar o guarda-chuva, e para isso respondo: no dia seguinte, quando estiver no ponto novamente, ele terá a mesma escolha. E novamente irá escolher a pontualidade, para se frustrar ao final do dia. E então não será tarde, mas sim o momento certo.

Somos livres para escolher nossos venenos, seja ele a chuva no ombro ou a bronca do chefe, a dor da rejeição ou a angústia do segredo, a insegurança do novo ou a monotonia do velho, o tesão da incerteza ou a calmaria do constante. 

A ousadia é uma amiga íntima da felicidade, e o ousado quem sabe está dois passos mais longe na maratona da alegria.

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O seu corpo é mais lindo do que entendes

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As suas curvas devem ser invisíveis
É um mundo todo de sutilezas
Deve ser coisa pra sensíveis
Olhos pra beleza

É um tipo novo de formato
Um estilo além da compreensão
Os olhos enganam de fato
Tenho que olhar pela minha mão

Passando-a lá quem sabe vejas
Onde seus ventos fazem curva
Onde quer que estejas
Sempre deixas razão turva

O vestido, a saia, a camisa
Corpo despido ensaia a dança
Restituído de toda esperança

O cabelo, o pescoço, os pés
No espelho vês grosso, não crês
Você olha e não sabe o que vês.

L.Giannoni

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Terra da Garoa

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Hoje choveu garoa na cidade de São Paulo e, meu amor, senti que a cidade voltou ao seu natural de tristeza que não te vi.

Fazia tempo que a metrópole não se rendia à moda antiga, deixando (por uma tarde) de lado as tempestades ou secas modernas.

Quando senti o sereno no rosto, veio calma advinda de um outro tipo de nostalgia. Era saudade. De uma neblina fraca, mas atrapalhando o olhar, comparado com a visão, de uma rotina que, apesar de nunca tida, eu abandonaria com você.

O amor que tenho por você é semelhante ao amor a deus; acredita-se na existência e defende-se com tudo algo que, pela falta de matéria, é pouco mais que (ou somente) uma idéia. O amor que espero de ti é como o temor da morte; imponente, algo só pensado quando se chega perto. Quero que sejas minha viúva, sem morte ou casamento, e, olhando essa garoa caindo do céu paulista, veja nela as lágrimas, não choradas pela minha não-morte, e o não-luto seja eterno. As lágrimas que espero de ti são como flocos de gelo: frios, escondidos quando sós e claros na abundância. Que venham numa mudança brusca de calor em ti e, por um instante, percebas a falta que lhe faz meu calor.

Choveu hoje e, ao fechar um pouco os olhos para ver melhor, decidi tirar o capuz e sentir a água caindo.

Lembrei de como contei da natureza mágica da chuva, como aparecia nos meus maus momentos e lembranças. Sentindo as gotículas na nuca, tentei buscar em mim o ruim ativador da chuva e vi como sentia sua falta, mesmo te vendo todo dia (quase), pelo fato (em pouco tempo) não mais lhe ver. Não te peço para esperar, meu amor.

Só lhe peço para, quando São Paulo resolver garoar, lembrar-se de mim.

L.Giannoni

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