Eu lírico

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Arrisco me chamar de poeta clássico
Não pela forma
Mas pelo meu formato
Respiro poesia, transpiro lirismo
Todo papel é caderno
Todo instrumento é grafite
Todo momento é verso,
Portanto, vivo submerso.
Épocas são estrofes
E minha vida um poema.

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Meta

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Falo do amor
Amor por compor
Sem dor de me expôr
Meu mundo impor
Pra quem ler supor
Que entende a dor
Que sente meu amor
Como passassem um sensor
Para ver meu suor
Se não verem, depor
E no clímax de tanto calor
Não vêem o real teor
Dos textos. O maior temor
É não expressar tal amor:
O texto rimador.

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Quando te vi

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Quando te vi quis pular alto
Gritar pra que me visse
Jogar fogos pela atenção
Mas eu acenei discretamente
O coração palpitou e quis sair pela boca
Ou do peito
Ou simplesmente parar
Mas a cabeça acalmou-o
Quando me cumprimentou eu queria abraçar forte
Beijar longo
Te contar do quando senti tua falta
Mas demos beijos casuais e sorrimos
Até quando conversamos quis falar a verdade
Quebrar meus princípios
Jogar tudo em você
Mas só levei tranquilo pra não te assustar
A verdade
É que eu sempre quero
E quero tanto
Que só um lampisco do desejo
Assustaria você de tal forma
Então eu escondo
Até quando nem consigo esconder.

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Eros puro

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O que é amor?
Seria dormir ao lado
E mesmo, após, acordado
Ao mesmo sonho se dispor
Ou ver nomes
E em nome de ambos
Ter atos nada santos
Para ver se a complicação some
Talvez mais simples,
Só olhar fotos
E ter desejo de consumar fatos
Não sei o que é amor
Como então posso saber
Quando estou a amar?

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Conceitos invertidos

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Queria eu mesmo era sentir o que sei
Ou ao menos saber o que sinto
Me tiro da situação fácil, e não minto
Quando digo entender o que evitar tentarei
Mas dificilmente evito o óbvio
Explicado por mim num passado não-mórbido
Poderia eu ao menos ter a quem amo
Ou amar a quem tenho
Pois quando amo persisto e me derramo
Para tentar tê-la, este é o prêmio
Mas se não a tenho, sigo a correr
E a quem tenho torno a perder
Talvez, quem sabe, poderia eu viver o que sonho
Não sonhar enquanto vivo
Gostar do que faço
Ou fazer o que gosto
Lembrar o que foi vivido
Viver para ter o que lembrar
Morrer sem olhar pra trás
Não olhar pra trás, com medo de morrer.

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Respostas

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Gosto das coisas simples
Um olhar de canto
Soslaio pra ver sem querer
Gosto de abraços longos e apertados
Com aquela respiração profunda
De quem tem ar,
Mas o tem tirado
Gosto de beijos lentos
De ficar sem oxigênio
Mas queimar por dentro
Combustão expontânea
Gosto de coisas que não controlo
Coisas simples que fazemos a gosto.

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Princípio ativo da atração

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Acho que é comecinho de paixão isso que sinto.
Um tipo de esperança… mas não se sabe o que, porque se espera. Só sei que é um acordar bem sem muito saber do destino mas ter rota traçada para os braços de alguém.
Ter vontade de ver mesmo só tendo visto duas vezes, beijado uma e, apesar desse freios, conversado milhares. De que vale contato físico sem intelectual? E contato social sem vontade? A distância promove o proibido.
Talvez pela juventude ou pela ânsia por liberdade, sempre fui correndo atrás do proibido- mas nunca foram pessoas, sim atos. Essa contra-norma me atrai tanto…
Contra-normas sociais pela atitude, contra-normas mesmo cheio destas.
Façamos assim: não se pode mentir olhares, independente de qual encontro se encontra. Os seus (tão lindos e contemplativos, metalinguagem com os meus, quem sabe) me pareceram apaixonados sem saber nem poder, escondendo-se pela dona ser tal Contra-norma.
Minha norma era não mais se apaixonar mas, de pouco a pouco, é isso que acho que sinto.

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Dias de poeta

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Tanta poesia
Com a dor que já senti
No momento é cada um por si
Mas a gente se entendia
Bate as ideias forte
Dá epilepsia
Imediatamente
Seria assim eternamente
Poetas de tanto lugar
Unidos pela dor de estar
A agonia
De ser.
Com vossos poemas posso contar
Para voltar a harmonia
Nos meus dias de poeta
Quando a mente não fica quieta.

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Faltante

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Uma vez falei pros meus amigos
Que queria a “parte boa do amor”
Sexo, carinho e sorriso
No fim do dia olhar pra ela
Hoje, tô sentindo falta do amor inteiro
Até das brigas bobas
(Cara, para com isso…
Vocês se amam!)
Pode parecer idiota, carente
E sim, sou inteiro sozinho
Mas a saudade é de algo maior que uma metade
É de uma pessoa a mais
É o toque nas mãos delicado
O colo acolhedor a todo momento
A respiração apaixonada num argumento
Pela certeza que ninguém mais faria sentido
Mesmo que seja mentira
E venham mais duas, três, vinte
Naquela hora a paixão existia
E naquele momento valeu…
É, acho que sinto falta de amar
De sentir com medo e certeiro
Ao mesmo tempo
Sobre estar amanhã com alguém
Sinto falto do falso futuro planejado
Do abraço apertado
E de alguém
Mesmo sem saber quem é essa pessoa.

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Paixão de ônibus

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Assim como quem me olha
Não deve ver poesia
Eu a ela olhava
E constatava calmaria
Nem acreditei no que ouvia
Aquela moça que passava
Tinha fones nos quais estava
Escutando musicas com tal bateria
Rock pesado, muito bom
Mas não imaginava tal menina
Ouvindo heavy metal em tal som
Perguntei porque, disse que não
Havia melhor, desatina
Os achismos só com aquele tom!

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