Sou narcisista e nem escondo
Preencho minhas paredes de ego
E só mesmo cego
Não vê com o que estou admirado.
Escritas de todo tipo
Rabiscos em formas
Sem um set de normas
Nem preferência em específico
Gosto de olhar pra parede,
Ver ali algo que fiz
Não pois algo intercede
Mas sim porque quis.
São poucos os estranhos em meu olhar
Residem em minha prateleira
Não digo de forma grosseira,
Mas só amigos irei pendurar
São poucos os artistas
Mas ah, que talento!
De tomar um momento
E se admirar.
São quadros, desenhos
Poemas e montagens
O que lhes há vantagem
Será posto em impulso
São minhas paredes
Cheias do ego pelas artes.