Neruda que disse

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Meu amor é reflexo
Do seu
Ou só mero reflexo
Ao seu?
Reflito sobre tal
Virtualidade ou realidade
Quem sabe sou inteiro
Talvez só metade
Mas amor de metade não existe
Sou teu por inteiro
Ou fico solteiro
Meu amor reflete
Olho no espelho
Mas não me completo
Sal do velho Restelo
Num relacionamento complexo

-R.C.

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Tempo pra nada

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Calma,
O tempo é seu amigo
Mas amigos traírem é um perigo
Possível e plausível de karma
O tempo vai deixar como está
Mas exponenciado
Se bom, melhorado
Se ruim, só vai piorar
Use seu tempo direito
É um direito seu gastá-lo
Mas gastando certo
De certo irá aproveitá-lo
Você só vai perder tempo
Não importa o que fizer
A tarde fechou o tempo
Agora nada pode fazer.

-R.C.

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Exageros

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Venta muito na sacada
E a fechei com vidros
Quando ficas em mim vidrada
Sinto que os olhos dão tiros
Por isso ando de cabeça baixa
Para não ter que fechar de verdade
Meu rosto da realidade
As plantas estavam grandes
E as tirei do sol
Cansado de escalar os Andes
Dei dois tiros de franol
Quando no tipo grito ao mundo
O que só a ti queria ter dito
Teu amor é muito, não consigo.

-R.C.

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Permissão pra ser

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Eu não pedi pra nascer
Na verdade, não pedi nem pra ser
Esse negócio estranho, pessoa complicada
Meu olho é castanho e a menina emaranhada
De olhar pra rua e ver acidente
De fitá-la nua e ter outra em mente
De querê-la sua sem saber o que sente.
Sou meio mesquinho, egoísta
Queria eu ser budista
É demais pedir uma aura branca?
É demais pedir pr’esse espírito que incapacita
Essa coisa que se mata mas ressuscita
Desaparecer?
Não acho que é pedir demais
Mas nem me surpreendo mais
Eu nem pedi pra nascer.

-R.C.

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Ciências

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Conhecimento
É bom sempre, visível
Traz tormento
Paz impossível
Mas é alimento
E imprescindível
Já passaram milhares de anos
A discussão permanece igual
Platão apontava a outros planos
Seu discípulo ao visual
Misticismo
Ou realismo?
Entre ambos o enorme abismo.
Filosofia humana
Ou metafísica divina?
Seguir aqueles da retórica
Ou a natureza mitológica?

-R.C.

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Caos, só caos

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Quer-se da vida
Fazer romance,
Mas o passado
É o que acontece
Nada mais que acontecimento
Atrás de esquecimento.
Vive-se no hábito
Situação cômica
Querem ligar todo fato
Mas é livro de crônica.

-R.C.

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Desespero

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Não tenho tempo
Nunca o tive, nunca o terei
Pressa inútil, te direi
Pois deste caminho não sou rei
Não funciona comigo
Do mesmo jeito que com os outros
A escola é o menor mal
O seu conjunto aterroriza
Presente inútil
Preocupações bobas
Futilidades inteiras
Quero a realidade
Não aguento mais cópias
Quero sair dessa imitação.

-R.C.

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Karma

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Não existe gente boa
Todos tem defeitos
Fazem crueldades
O destino não existe
E o acaso te coloca nas piores situações
Não tem o que fazer
Se não algo “ruim”
Se ele existe
E o karma sua consequência,
Todos morremos eventualmente
Sinal que algum momento
Fizemos algo digno de morte
O ser humano é um lixo.

-R.C.

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Lugares impossíveis

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Procuro amor em todo lugar
Mas sempre que amo não sou
E sempre que sou não amo
E me prendo a maus amores facilmente
E não vejo lugar errado pra procurar
Só um que nunca acharei e nem acho
E é dentro de mim
Ali nem tento
Sei que não há interesse
Sequer amor
Sequer reciprocidade
Então não tento
E continuo nos maus-amores
Ou no não-amar.

-R.C.

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Pseudário do crescimento

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Como posso ser menino
Se até ontem havia barba em meu rosto?
Não que tenha sido repentino
Sem ela é mais difícil dar desgosto
O rosto fica pelado
A pele, os erros, deixa de lado.
O garoto joga,
Ele brinca com a vida
Tenta até ter gana
Mas a verdade é indevida
Esforça para o gol
Volta e toma dois
Não culpa dele que depois
Seu time não mais jogou
O grupo de trabalho
Saiu uma merda
Ficou colcha de retalhos
O garoto joga, sem medo da morte
Tantos amores sem nenhuma herda
Até que mesmo prevenindo, pediu que aborte.
Como posso não ser menino
Se não aprendi a lidar com tudo?
A idade bateu um sino
Com o qual me tiraram o escudo
Agora só me colocaram pra viver
Sem a mínima idéia do que fazer.

-R.C.

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