O Futuro

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São fios grisalhos ao espelho?
Na barba à fazer e cabelo feito?
Não, só maldito efeito
Da vontade de ser velho
Ah, como temo a juventude
De mim tudo toma
Mesmo em sua plenitude
Vejo esse sintoma
Fugazes relações
Frágeis relacionamentos
Escoando por ser jovem,
Ainda mais vem
Com ou sem ações,
Substituição terá seu momento
Espelho, espelho meu
Os grãos que lhe fizeram,
São os que me faltaram
Ou é engano meu?
Se não faltaram, faltarão
Se não caíram, cairão
Se sumiram, explicação
Demando, compreenção
A caminhada fará mal
Estarei pronto
Mesmo que meu ponto
Seja o final.

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Alu(n)a

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Ela me era Lua
Eu, astrônoma
Queria ser aluna
Dessa luz que só soma
D’uma beleza estonteante
Como fosse Soma
A noite eu sumia
Dedicando a Ela inteiramente
Eu, que não tinha asas
Entraria até na Nasa
Pra vê-la de perto
Fui longe
Fiz força como monge
A tive em meu teto
E então
Sem teto de vidro
Nem pedra no coração
Tive a Lua comigo.

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Gostar de alguém

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Pior que falar pra ela
É admitir para mim,
Então, aí vai…
Pô, eu gosto de alguém,
Vulnerável a desilusões,
Felicidades,
Aberto e refém às suas opções.

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Paleta de cor

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A escuridão total
É o quadro em branco mais belo
A ser preenchido.
Não há igual
Tela a fechar os olhos
E vê-la pintando.
É só sem luz
Que as cores se expressam puramente.

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Provinciano

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Hoje puseste a escova junto à minha
Ontem fomos procurar casa.
Amanhã não sei como será,
Sei que você aí estará
Como é bom aos poucos
Amar como no tempo de loucos.

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Eu lírico

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Arrisco me chamar de poeta clássico
Não pela forma
Mas pelo meu formato
Respiro poesia, transpiro lirismo
Todo papel é caderno
Todo instrumento é grafite
Todo momento é verso,
Portanto, vivo submerso.
Épocas são estrofes
E minha vida um poema.

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Meta

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Falo do amor
Amor por compor
Sem dor de me expôr
Meu mundo impor
Pra quem ler supor
Que entende a dor
Que sente meu amor
Como passassem um sensor
Para ver meu suor
Se não verem, depor
E no clímax de tanto calor
Não vêem o real teor
Dos textos. O maior temor
É não expressar tal amor:
O texto rimador.

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Quando te vi

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Quando te vi quis pular alto
Gritar pra que me visse
Jogar fogos pela atenção
Mas eu acenei discretamente
O coração palpitou e quis sair pela boca
Ou do peito
Ou simplesmente parar
Mas a cabeça acalmou-o
Quando me cumprimentou eu queria abraçar forte
Beijar longo
Te contar do quando senti tua falta
Mas demos beijos casuais e sorrimos
Até quando conversamos quis falar a verdade
Quebrar meus princípios
Jogar tudo em você
Mas só levei tranquilo pra não te assustar
A verdade
É que eu sempre quero
E quero tanto
Que só um lampisco do desejo
Assustaria você de tal forma
Então eu escondo
Até quando nem consigo esconder.

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Eros puro

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O que é amor?
Seria dormir ao lado
E mesmo, após, acordado
Ao mesmo sonho se dispor
Ou ver nomes
E em nome de ambos
Ter atos nada santos
Para ver se a complicação some
Talvez mais simples,
Só olhar fotos
E ter desejo de consumar fatos
Não sei o que é amor
Como então posso saber
Quando estou a amar?

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Conceitos invertidos

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Queria eu mesmo era sentir o que sei
Ou ao menos saber o que sinto
Me tiro da situação fácil, e não minto
Quando digo entender o que evitar tentarei
Mas dificilmente evito o óbvio
Explicado por mim num passado não-mórbido
Poderia eu ao menos ter a quem amo
Ou amar a quem tenho
Pois quando amo persisto e me derramo
Para tentar tê-la, este é o prêmio
Mas se não a tenho, sigo a correr
E a quem tenho torno a perder
Talvez, quem sabe, poderia eu viver o que sonho
Não sonhar enquanto vivo
Gostar do que faço
Ou fazer o que gosto
Lembrar o que foi vivido
Viver para ter o que lembrar
Morrer sem olhar pra trás
Não olhar pra trás, com medo de morrer.

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