Ordem!

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Ordem!

Olá, velho mundo
Aqui quem narra é o novo poeta
Com visão para todo o absurdo
E eliminá-lo é minha meta
 
A nova poesia segue nenhuma lei
Métrica ou obrigatoriedade
E a escrevo do jeito que sei
Sem escola, só a realidade
 
Não preciso de suas academias
Cartilhas ou aulas de literatura
Bandeira e Andrades me passaram manias
E as copio na cara dura
 
Faremos sua destruição
Do mundo que conhece hoje
E daí a criação
Da Anarquia como nunca se pode
 
E Proudhon se orgulharia
Bakunin brindaria a inconfidência
Autores míticos, não velharia
E sem liderança continuaremos a dissidência
 
Rasguemos o tal “contrato social”
Escrito pelo dinheiro,  medido pelo capital
A única Vontade ouvida agora
É a dos ricos irem embora
 
Sem mais exploração!
Agora, a sociedade inacreditável
O mundo novo para admiração,
Para mais novos poetas, almejável
 
Seja realista!
Demande o impossível
Utopia é mal vista
E nunca crível
 
Mas é só abrir os olhos
O novo poeta já surgiu
Um mundo assim é incrível
Verdadeiro e chegará
Esperem olhando seus relógios

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